domingo, 15 de abril de 2012


 TRAMA PRINCIPAL
- Ambientada em 1786, num fictício país europeu, Que Rei Sou Eu? aludia à Revolução Francesa para fazer uma paródia do Brasil, além de refletir o momento histórico vivido pelo país, que se preparava para a primeira eleição direta para presidente da República após quase 30 anos.
- No imaginário reino de Avilan, o povo miserável vive às voltas com governantes corruptos, sucessivos planos econômicos, moeda desvalorizada e altos impostos. Com a morte do rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) – cujo único herdeiro é o filho bastardo Jean Pierre (Edson Celulari) –, os conselheiros reais, que exercem forte influência nas decisões da rainha Valentine (Tereza Rachel), resolvem entregar a coroa ao mendigo Pichot (Tato Gabus Mendes). A armação é obra de Ravengar (Antônio Abujamra), o bruxo do condado. Revoltado, Jean Pierre lidera um grupo de revolucionários para derrubar os vilões. Em meio aos conflitos, a princesa Juliette (Cláudia Abreu) se apaixona por Pichot.


TRAMA PRINCIPAL
- Ambientada em 1786, num fictício país europeu, Que Rei Sou Eu? aludia à Revolução

 Francesa para fazer uma paródia do Brasil, além de refletir o momento histórico vivido pelo país,
 que se preparava para a primeira eleição direta para presidente da República após quase 30 anos.
- No imaginário reino de Avilan, o povo miserável vive às voltas com governantes corruptos,

sucessivos planos econômicos, moeda desvalorizada e altos impostos. Com a morte do rei Petrus II
(Gianfrancesco Guarnieri) – cujo único herdeiro é o filho bastardo Jean Pierre (Edson Celulari) –,
os conselheiros reais, que exercem forte influência nas decisões da rainha Valentine
(Tereza Rachel), resolvem entregar a coroa ao mendigo Pichot (Tato Gabus Mendes).
A armação é obra de Ravengar (Antônio Abujamra), o bruxo do condado. Revoltado,
 Jean Pierre lidera um grupo de revolucionários para derrubar os vilões.
Em meio aos conflitos, a princesa Juliette (Cláudia Abreu) se apaixona por Pichot.

- O herói Jean Pierre é um jovem corajoso e íntegro, que se divide entre o amor da

revolucionária Aline (Giulia Gam), que trabalha no palácio, e o da nobre Suzanne (
Natália do Vale), mulher do conselheiro Vanoli (Jorge Dória).
- Humor e originalidade marcaram a novela, que tinha como um dos núcleos cômicos os conselheiros

do reino – uma crítica bem-humorada ao Congresso Nacional. Eram eles: Gaston Marny
(Oswaldo Loureiro), o conselheiro das Armas; Bidet Lambert (John Herbert), conselheiro dos Mares
 num país que
não fazia fronteira com mar algum; Bergeron Bouchet (Daniel Filho), conselheiro da Moeda;
Vanoli Berval, conselheiro do Rei; Crespy Aubriet (Carlos Augusto Strazzer), conselheiro do Trabalho;
 Gerard Laugier (Laerte Morrone), conselheiro da Alimentação. Nada funcionava direito em Avilan,
nem mesmo a guilhotina, importada da Alemanha a peso de ouro, e que só não falhara nos testes.
- Apesar de ambientada no século XVIII, a novela fazia referências à contemporaneidade, e explorou

 temas da realidade brasileira à época de sua exibição. Em alusão ao Plano Cruzado, pacote
econômico lançado pelo governo em 1986 e que envolveu congelamento de preços e mudança
da moeda nacional, o autor incluiu na trama uma reforma monetária, trocando o nome da moeda
de Avilan de caduco para duca, e tirando três zeros do seu valor. Além disso, os nobres do palácio
 podiam ser vistos dançando samba, enquanto Juliette surpreendia a corte vestindo minissaia.
Em determinado momento da trama, o conselheiro Crespy sugere que se acabe com os postos de
pedágio nas estradas de Avilan, substituindo-os por selos que seriam comprados mensalmente
 e colocados na testa dos cavalos, numa alusão aos selos-pedágios que existiram no Brasil naquela época.
Segundo o diretor Jorge Fernando, foi a partir dessa cena exibida pela novela que as pessoas
 começaram a perceber a relação direta que existia entre a fictícia Avilan e o Brasil.
- No final da história, o povo consegue invadir o palácio, eliminar os opressores, confiscar os baús da

 nobreza e tomar o poder. Numa das últimas cenas da novela, o líder dos rebeldes, Jean Pierre,
 exclama diante do povo de Avilan: “Ninguém vai mais explorar o trabalho do pobre. Agora quero
 que gritem comigo: viva o Brasil!” Foi a primeira vez que o nome do reino fictício
foi substituído pelo do Brasil.
  

TRAMAS PARALELAS



A corte de Avilan
- Contando com um elenco de primeira, Que Rei Sou Eu? teve grandes interpretações, como a
de Marieta Severo, no papel da feminista Madeleine Bouchet; Stênio Garcia, que se destacou como
 Corcoran, o bobo da corte que fazia jogo duplo, atuando a favor dos revolucionários;
Tereza Rachel, com a inesquecível caracterização da Rainha Valentine, que divertia a todos com  
suas gargalhadas agudas; e Antônio Abujamra como Ravengar, uma mistura de bruxo, médico,
 astrólogo e hipnotizador, com influência sem limites na corte. No final da história, depois do
 levante popular, Ravengar volta com o nome Richelieu Rasputin Golbery e oferece seus préstimos
 ao novo governo. Disfarçado de rebelde, ele coloca sua sabedoria à disposição do rei.

GALERIA DE PERSONAGENS

REI PETRUS II (Gianfrancesco Guarnieri) — Soberano do reino de Avilan, gravemente enfermo.
 Sabe que sua morte não demora e se diverte com a surpresa que sua mulher, a rainha Valentine
 (Tereza Rachel), terá quando descobrir os seus últimos desejos, guardados em um pequeno baú,
além da revelação da existência de um filho bastardo, o verdadeiro herdeiro do trono.
Pai de Juliette (Cláudia Abreu). Participação especial nos primeiros capítulos.
RAINHA VALENTINE (Tereza Raquel) — Mulher de forte personalidade, fria e calculista, mas completamente
dominada por Ravengar (Antônio Abujamra), conselheiro mor do reino. Vê na morte do marido,
 o rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri), a solução para sua vida, já que é completamente apaixonada
 por Bergeron (Daniel Filho), o conselheiro da Moeda, que não lhe dá a menor esperança – com o
 que ela não se conforma. Tem uma desagradável surpresa ao assumir o poder, após a morte de Petrus II.
 Mãe de Juliette (Cláudia Abreu).
PRINCESA JULIETTE (Cláudia Abreu) — Filha de Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) e Valentine
(Tereza Rachel), doce criatura, nem parece filha dos dois. Bom caráter, meiga, mas firme quando
percebe as jogadas da Corte. Não se conforma com a vida isolada dentro do palácio, e se preocupa com
 as injustiças praticadas contra os mais humildes.

BARONESA LENILDA EKNÉSIA (Dercy Gonçalves) – Mãe da rainha Valentine (Tereza Rachel),

avó de Juliette (Claudia Abreu). Participação em alguns capítulos.
ZMIRÁ (Mila Moreira) — Aia principal da rainha Valentine (Tereza Rachel), seus olhos e ouvidos.

Transita com desenvoltura pela Corte. Vem de família nobre, mas falida. É interesseira, e, se preciso,
trai a própria rainha.
RAVENGAR (Antônio Abujamra) — Conselheiro mor do rei e da rainha.

 Exerce influência sem limites na Corte e persegue o poder a qualquer custo. Mistura de bruxo,
 médico, astrólogo e hipnotizador. Tipo aterrorizante, capaz de conseguir o impossível das pessoas.
 É o rei sem coroa do Reino de Avilan.
FANNY (Vera Holtz) — Criada de Ravengar (Antônio Abujamra), de sua inteira confiança.

Chega a ter confidências com o terrível Mestre — como o chama. Humana, mas absolutamente  
entrosada com o sistema da corte.
PICHOT (Tato Gabus Mendes) — Pobre mendigo. Rapaz esperto, vivo, mas ingênuo. Vive pelas ruas da vila,

 e teve o azar de nascer pobre. Por obra do destino e por decisão de Ravengar (Antônio Abujamra),
ganha papel de destaque na corte.
JEAN PIERRE (Edson Celulari) — Filho bastardo de Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) com a jovem

 camponesa Maria Fromet (Tania Nardini/Aracy Balabanian). Jovem de ideias firmes e claras a
respeito das desigualdades sociais. Agitador, não se conforma com o abismo entre as classes sociais
 e faz tudo, à sua maneira, para diminuí-lo. Ótimo caráter, valente e idealista.
CORCORAN (Stênio Garcia) — Amigo de Jean Pierre (Edson Celulari), o sensato do grupo. Sua sabedoria  

controla os impulsos da maioria dos pobres. É um chefe com poderes limitados.  
Torna-se o bobo da corte, como forma de se infiltrar no palácio e controlar o que tramam lá dentro.
PIMPIM (Marcos Breda) — Jovem revolucionário do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari), mais

cauteloso que o líder.
BERTRAN (Paulo César Grande) — Revolucionário do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari),

mais um do quarteto inseparável de jovens rebeldes.
ALINE (Giulia Gam) — Revolucionária do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari), apaixonada por ele.  

Moça ativa, que ajuda na luta contra as injustiças. Passa a trabalhar na cozinha do palácio para saber
o que acontece lá dentro.
LOULOU LION (Ítala Nandi) — Comanda um grupo de jovens, que trabalham na sua taberna.

Conhece uma parte do segredo do filho bastardo do rei, pois criou Jean Pierre (Edson Celulari) desde os
 4 anos de idade. Tem grande influência sobre os frequentadores do local, sendo respeitada por todos que
lá vão se divertir. Sua estalagem é a união entre os dois mundos sociais do reino, apesar dos dias
 alternados para receber nobres e pobres.
DENISE (Carla Daniel) — Moça da taberna. Garçonete jovem, que faz charme para os homens, mas

não se interessa por nenhum deles. Participa de alguns segredos dos homens da corte.
COZETTE (Desirée Vignolli) — Moça da taberna. Temperamento diferente de Denise (Carla Daniel):

mais revoltada, não se conforma muito com a pobreza, e quer participar das atividades contra
 o reino. Por conveniência, engole muito sapo. Gosta do mendigo Pichot (Tato Gabus) e se
preocupa com o seu desaparecimento.
LILI (Cinira Camargo) — A mais velha das moças da taberna. Quer mandar e está sempre

 em atrito com as companheiras. Tenta conquistar os homens da corte, e esnoba os pobres que  
passam por ali. Tem ligação com Crespy (Carlos Augusto Strazzer), um dos conselheiros do reino.
LENORE GAILLARD (Aracy Balabanian) — A mãe do bastardo Jean Pierre (Edson Celulari).

Quando muito jovem e camponesa pobre — Maria Fromet (Tania Nardini) —, teve um filho com Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri). Deixou a criança em Avilan, partiu para o exterior, casou-se com um nobre e
mudou de nome. Nunca mais se teve notícias dela. Aproveita o casamento de Vanoli (Jorge Dória),
um dos conselheiros, para voltar a Avilan. Quer reencontrar o filho, o verdadeiro herdeiro do trono.
FRANÇOIS GAILLARD (Edney Giovennazzi) — Marido de Lenore (Aracy Balabanian), sabe do seu passado

e ajuda-a a procurar o filho. Nobre muito rico, vem da Inglaterra para o casamento de um antigo
companheiro,
Vanoli (Jorge Dória), aproveitando para comprar terras em Avilan, onde ficará por uns tempos.
GASTON MARNY (Oswaldo Loureiro) — Conselheiro das Armas. Figura folclórica do reino.

Vê inimigos por toda a parte, menos onde eles realmente estão. Sofre com a incompetência de seus  
subordinados.
BIDET LAMBERT (John Herbert) — Conselheiro dos Mares, vive às turras com Gaston Marny

(Oswaldo Loureiro), o Conselheiro das Armas, que não o suporta.
Especialmente porque é sabido que o reino de Avilan não faz fronteiras com mares, o que torna o cargo perfeitamente dispensável. Metido a conquistador, mas só leva fora das mulheres da corte.

BERGERON BOUCHET (Daniel Filho) — Conselheiro da Moeda. Sério, idealista, bem diferente dos outros
conselheiros. Elabora um plano financeiro capaz de tirar Avilan da bancarrota, mas o plano não dá
certo pois é boicotado por todos. Sofre o assédio da rainha Valentine (Tereza Rachel), apaixonada por ele,
o que lhe traz problemas sérios, pois ama a esposa Madeleine (Marieta Severo).
MADELEINE BOUCHET (Marieta Severo) — Esposa de Bergeron (Daniel Filho), perseguida pela rainha
Valentine (Tereza Rachel), que ama seu marido. É a única mulher que escreve e tem ideias próprias.
Corajosa, é uma pré-feminista, que não aguenta ver a passividade feminina à sua volta. É envolvida
em tramas sórdidas para terminar seu casamento, mas suporta tudo com dignidade.
VANOLI BERVAL (Jorge Dória) — Conselheiro do Rei. Homem sem escrúpulos, secretário particular do
rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) e da rainha Valentine (Tereza Rachel). Rico, agiota, sem
nenhum caráter. De aspecto asqueroso, ganha uma aposta com um fazendeiro falido, Roger Webert
 (Fabio Sabag), e recebe como prêmio a sua filha Suzanne (Natália do Vale) em casamento.
SUZANNE WEBERT (Natália do Vale) — Filha única de Roger Webert (Fabio Sabag). Para salvar
o pai da falência, concorda em se casar com Vanoli (Jorge Dória). Faz sucesso na corte e se
desespera com a proximidade do casamento, principalmente depois que conhece Jean Pierre (Edson Celulari),
 por quem se apaixona.
ROGER WEBERT (Fabio Sabag) — Um bom homem, desesperado com a sua situação financeira.
Joga a filha, Suzanne (Natália do Vale), numa aposta e não tem como voltar atrás. Sofre com isso,
 mas cumpre a sua palavra. Ganha a vida na sua fazenda, criando gado e produzindo queijos especialíssimos
para a corte.
CRESPY AUBRIET (Carlos Augusto Strazzer) — Conselheiro do Trabalho, viúvo. Age de acordo com
as suas conveniências. Protege o reino, e não liga muito para os trabalhadores. É também o chefe
 coletor de impostos. Tem uma ligação com Lili (Cinira Camargo), uma das moças da taberna, para
saber o que os pobres tramam contra o reino.
GERARD LAUGIER (Laerte Morrone) — Conselheiro da Alimentação. Dono de um mau-humor insuportável,
 é temido e gozado por isso mesmo. Não hesita em manipular para atender os amigos, com as piores
falcatruas. Casado com Lucy (Isis de Oliveira), uma das mulheres mais cobiçadas do reino, por quem
 tem verdadeira adoração.
LUCY LAUGIER (Isis de Oliveira) — Esposa de Gerard (Laerte Morrone). Apesar de casada com o conselheiro,
flerta com os homens da corte sem que ele desconfie. Sonsa e insinuante, inventa as mais loucas
histórias para justificar suas escapadas. Torna-se amiga e confidente de Suzanne (Natália do Vale),
 depois do casamento dela com Vanoli (Jorge Dória).
GABY (Zilka Sallaberry) — Chefe da cozinha do Palácio.
BALESTEROS (José Carlos Sanches) — Chefe da guarda.
VADY (Cacá Barrete) — Taberneiro.

E MAIS:

Amaury Tangará – Ajudante de arauto
Ana Borges - Moça da taberna
Anko Valle – Guarda do castelo
Baruque – Guarda do castelo
Betty Gofman - Princesa Ingrid
Carlos Kroeber -
Don Curro de La Grana
Carlos Kurt -
Ferreiro Dupont
Catalina Bonaky -
Baronesa de Rochelle
Cristina Prochaska –
Charlotte
Eva Wilma - Madame D'Anjou
Fernando José - velho amigo de Loulou
Francisco Dantas -
Barão de Rochelle
Guilherme Leme -
Roland Barral
Heloisa Helena –
Cocote
Henriqueta Brieba
Ilka Soares -
Marquesa de Lorredan
Italo Rossi -
Marquês de Castilla
Jaconias Silva -
cocheiro
João Signorelli -
Campot
Jorge Fernando - guarda
José Steinberg
- Frade Angélico
Licia Magna
Luis de Lima -
Barão de La Bosse
Luis Gustavo - Charles Muller
Marcelo Picchi -
Michel
Milton Gonçalves - Herr Whisky
Monique Lafond

Deborah Catalani – Moça da taberna
Guido Correa – Mordomo do castelo
Hilda Rebello – Aia da rainha
José Carlos de Souza – Guarda do castelo
José de Freitas – Mordomo do castelo
Luiz Magnelli - Arauto
Luiz Sergio Lima e Silva – Cocheiro
Marcelo Mattar – Rapaz do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari)
Marcia Rego Monteiro - Moça da taberna
Maria Cardoso – Aia da rainha
Melise Maia - Moça da taberna
Nádia Nardini – Moça do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari)
Nildo Parente - Richet
Sandro Rilho – Guarda do castelo
Soraya Jarlich – Ajudante da cozinha
Soraya Ravenle
Toni Nardini - Rapaz do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari)
Totia Meirelles - falsa Suzanne (Natália do Vale)
Tuca Andrada - Ferreiro Lamont
Yolanda Cardoso – Miruska

Participações especiais:

Emiliano Queiroz – La Roche, velho que conheceu Maria Fromet (Tania Nardini/Aracy Balabanian),
 procurado por Ravengar (Antônio Abujamra).
Older Cazarré – Lorde da corte.
Marcos Alvisi - Bargin, o verdureiro.
Roberto Dinamite
Tania Nardini – Jovem Maria Fromet, aparece em flashback no início da história.
Bailarinos: Ana Jansen, Wanda Garcia, Norma Lannes, Lucia Aratanha, Rosana Bustamante,
Carla Vilela, João Viotti Saldanha, Eros Velloso, Julio Braver, Herbert Gomes, Paulo Velasco,
Rodrigo Sales, Wanda Garcia.
 
PRODUÇÃO

- Grande parte do elenco teve aulas de acrobacia, dança, esgrima e malabarismo,
 além de orientação profissional sobre linguagem, gestos e costumes da época.

FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO

- Uma cuidadosa pesquisa das vestimentas usadas no século XVIII norteou a criação dos figurinos
de Que Rei Sou Eu? Mais de 400 peças de roupa foram feitas especialmente para os figurantes.
- Um dos destaques do trabalho de maquiagem foi a caracterização de Corcoran (Stênio Garcia)
como bobo da corte. O figurinista Marco Aurélio se inspirou no musical Os Miseráveis.
A maquiagem, feita por Eric Rzepecki, levava de duas a
- A atriz Aracy Balabanian lembra que as gravações na fictícia Avilan aconteciam sob um calor infernal,
especialmente por conta dos pesados figurinos de época usados pelo elenco.
 Anáguas, espartilhos e perucas faziam parte da indumentária dos atores.
- Segundo o diretor Roberto Talma, Que Rei Sou Eu? teve uma produção esmerada,
com várias peças de figurino, por exemplo, feitas exclusivamente para a novela.
 
CENOGRAFIA E PRODUÇÃO DE ARTE

- A fictícia Avilan foi construída em um terreno na Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá,
na zona oeste do Rio de Janeiro, no mesmo local em que, alguns anos depois, surgiria o Projac.
 A equipe de cenografia realizou uma pesquisa cuidadosa sobre as técnicas de arquitetura e
 construção medievais na região francesa da Normandia. A cidade cenográfica tinha 2.200m2
 de área construída e abrangia o palácio de Avilan e a vila, com 14 casas. A maior atração do cenário era
o castelo, com 30m de frente e uma torre de 26m de altura. A equipe inovou no material utilizado, o que
facilitou a construção da cidade: uma estrutura de ferro leve. A parte interna do castelo contava, entre
 outras coisas, com a sala do trono, de 500m², e duas fontes, projeto do arquiteto Luiz Antonio Caligiuri.
- Além do calor que fazia na cidade cenográfica – sensação redobrada devido aos figurinos de época –,
levando o elenco a ter de parar para secar o suor, as gravações muitas vezes também eram interrompidas
 graças a alguns visitantes inesperados: os sapos.

CURIOSIDADES

- Segundo o diretor Daniel Filho, o autor Cassiano Gabus Mendes havia apresentado a ideia de
Que Rei Sou Eu? em 1977, mas a direção da emissora avaliou que a trama não era adequada para a
conjuntura política da época. A novela foi produzida dez anos depois, e fez enorme sucesso.
- Em determinado momento de Que Rei Sou Eu?, o personagem de Edson Celulari é obrigado a usar
uma máscara de ferro, como a usada pelo rei da França em O Homem da Máscara de Ferro, livro
de Alexandre Dumas.
- Dercy Gonçalves fez uma participação especial em seis capítulos da novela, no papel da baronesa

Eknésia, mãe da rainha Valentine (Tereza Raquel). Sua atuação mereceu destaque como um dos
pontos altos da trama.
- Que Rei Sou Eu? foi a primeira novela em que Giulia Gam trabalhou do início ao fim da trama.

 Antes ela tinha feito uma participação na novela Mandala (1987), de Dias Gomes, no papel de
Jocasta jovem; e atuou na minissérie O Primo Basílio (1988), de Gilberto Braga e Leonor Bassères,
 como intérprete de Luísa. Comprometida com o teatro, onde há havia trabalhado com diretores
como Antunes Filho, a atriz contou que entrou em crise ao ser convidada para atuar na novela,
gênero considerado muito comercial para os padrões das companhias de teatro.
Quase não aceitou o papel.
- Chico Anysio chegou a gravar uma participação especial em Que Rei Sou Eu? como o especulador

estrangeiro Taj Nahal, que aplicaria um golpe na bolsa e no mercado de Val Estrite, do Reino de Avilan.
 A situação foi inspirada no caso Naji Nahas, o investidor paulista que, na época, protagonizava um escândalo financeiro no país e respondia a um inquérito por estelionato e formação artificial de preços na Bolsa
de Valores do Rio de Janeiro. Ao saber da criação de Taj Nahal, o advogado de Naji Nahas entrou com
um protesto judicial contra a TV Globo, afirmando que o personagem fazia um pré-julgamento de
 um cidadão que ainda não havia sido sentenciado pela Justiça, e que seu cliente exigiria direito
de resposta no mesmo programa, caso a novela fizesse alguma referência satírica aos últimos  
acontecimentos. Diante disso, a emissora decidiu não exibir a cena.
- Jorge Dória improvisou um caco em uma das cenas de seu personagem, o conselheiro Vanoli,

que deixou o autor Cassiano Gabus Mendes maravilhado: fazia uma correlação entre o arrulhar dos
 pombos e a palavra “corrupto”.
- No papel do bobo da corte Corcoran, o ator Stênio Garcia, então aos 57 anos, deu o seu primeiro

 salto mortal. Resultado de um trabalho corporal de acrobacia de solo que passou a fazer na Escola
Nacional de Circo.
- A novela foi reapresentada em versão compacta de 70 capítulos entre outubro e dezembro de 1989,

na faixa de programação Sessão Aventura, às 17h, um mês após a exibição do último capítulo.
- Em fevereiro de 1986, três anos antes de a novela ir ao ar, o governo de José Sarney anunciou o

Plano Cruzado, que trazia uma nova moeda, o Cruzado, em substituição ao Cruzeiro, e congelava
os salários e os preços de produtos e serviços. Em janeiro de 1989, um mês antes da estreia
 de Que Rei Sou Eu?, uma Medida Provisória mudou novamente a moeda brasileira:
 o Cruzado converteu-se em Cruzado Novo.

    TRILHA SONORA

- O tema da abertura era O Rap do Rei, do grupo Luni, composto por José Bonifácio de Oliveira
Sobrinho (Boni), então vice-presidente de operações da TV Globo. A vocalista do Luni era
 Marisa Orth, ainda desconhecida do grande públiCo.

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